DMT - Consciência do sonho

O fenômeno denominado de antagonismo metabólicoocorre através da substituição da Serotonina peloDMT. A Serotonina, como já vimos, é produzida pela glândula pineal quando a luz incide na retina. É responsável pelas atividades exteriorizadas de atenção, memória e raciocínio. É o hormônio do bem-estar. Quando este neuro-hormônio sai de cena, devido à ação de seus análogos, a mente humana entra num processo de introspecção compulsória, provocada pela ação dos enteógenos, como oDMTou a psilocibina, entre outros, de forma semelhante à ação do outro neuro-hormônio – Melatonina.

Este movimento introspectivo, dependendo da formação cultural e espiritual de cada um, pode ser mais ou menos potencializado e variar sua intensidade, chegando, em alguns casos, às camadas mais profundas da mente humana.

A dimetiltriptamina (N,N-dimetiltriptamina), cuja abreviatura é DMT, é uma substância psicodélica (agente químico denominado como perturbador do sistema nervoso central). Pertence ao grupo das triptaminas, assim como a Melatonina.

O DMT é encontrado na natureza em vários gêneros de plantas e é, também, produzido endogenamente pelo ser humano, ou seja, é sintetizado dentro do nosso próprio corpo. Várias pesquisas vêm sendo realizadas, mas ainda não há qualquer conclusão cientifica de sua função no nosso organismo. Acredita-se que essa substância seja produzida pela glândula pineal, e que desempenhe um papel no processo do sonhar e provavelmente nas experiências próximas ao nascimento e à morte e em outros estados místicos. Responsável pelas alucinações, pelas idéias inconscientes percebidas durante o último estágio do sono (REM), a dimetiltriptamina restaura os neurônios do córtex cerebral, “como se desse uma folga” para essas células. Sabe-se que as quantidades de DMT produzidas no cérebro são reguladas pela MAO (monoaminaoxidase) e este processo  é coadjuvante aos estados alterados de percepção e consciência, criados pelo consumo (oral, intravenal ou por vias aéreas) de DMT externo, a exemplo do princípio ativo da mistura do ayahuasca, utilizado nos rituais do Santo Daime e do vinho de Jurema, conhecido pelos índios brasileiros.